Maré de Palavras
Apresentação de leituras
Salpicos de poesia
A grande praia
O azul do mar
O som dos búzios
Para me acalmar
Peixinhos coloridos
Sempre a nadar
Na imensidão escura
Que é o mar
Amarela é a areia
Azul é o mar
Porque é que é tão difícil
De te amar?
O mar está furioso
O marinheiro medroso
O barco vai virar
Engolido pelo mar
O azul dos teus olhos
Iguais ao azul do mar
Juntos na praia ao luar
O meu canto
Ao luar
Faz-me pensar
Que todo o teu encanto
Me vai hipnotizar
O Marinheiro do Dom de Neptuno
Era uma vez uma criança que sonhava, sonhava em, um dia, tornar-se num bravo marinheiro mas, infelizmente, os seus pais não o autorizavam. Ao acordar, todas as manhãs, a criança saía de casa e sentava-se na areia da praia a ver o mar, imaginando-se um marinheiro, num grande navio que sulcava mares e oceanos infinitos.
Ao atingir a maioridade, ignorou os imensos avisos dos pais e saiu de casa para poder concretizar o seu grande sonho. Foi para a marinha. Alguns anos passados, foi destacado para um grande navio que, em breve, partiria para o Atlântico Norte.
Passados alguns meses, o navio, cujo nome era Sta. Matilde, foi atacado por uma orca desconfiada, que arrastou o navio para o fundo. Durante o naufrágio, o marinheiro tentou salvar o maior número possível de companheiros, mas acabou por ficar preso ao cordame. No momento em que ainda permanecia consciente, Neptuno, “rei dos mares”, apareceu e disse-lhe que, como havia sido mais generoso com os seus companheiros do que consigo mesmo, lhe concederia o dom da vida submarina o que lhe permitiria respirar debaixo de água e controlar este elemento.
Na posse deste dom, o marinheiro chegou salvo à sua terra natal. Como mais ninguém tinha chegado a terra firme, o povo começou a chamar-lhe “marinheiro do dom de Neptuno”.