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O Sono

O sono é um estado anatómico e funcional de não acordado, de desligar da relação com o mundo exterior para que o cérebro possa trabalhar para si próprio, dedicando-se às actividades necessárias ao seu funcionamento normal.

 

Qualquer função do cérebro é elaborada nas células cerebrais, sendo transmitida ao longo dos neurónios mediante a secreção de neurotransmissores. É assim que se gera um efeito no neurónio terminal num determinado órgão, seja o coração, o pulmão ou o intestino. Durante o sono, há secreções que são diminuídas e outras aumentadas, de modo a poderem ser lançadas em circulação.

 

A pessoa, quando dorme bem, tem melhores condições para uma capacidade de memória conservada: recebe a informação, processa-a segundo os trâmites habituais, cataloga-a, guarda-a no sítio certo, como se fosse numa gaveta e, sempre que necessário, vai à gaveta e a informação correcta está lá. Quando não se tem um sono reparador, tudo isso é alterado num ou noutro sentido e alguma coisa será prejudicada ao evocar ou recuperar a informação. 

Não dormir bem pode vir a reflectir-se à distância, segundo o sistema imunitário, o sistema endócrino e muitos outros factores. Não só a memória é prejudicada, mas a saúde alterada e as consequências podem ser sérias

Durante o sono, o cérebro desliga-se do ambiente exterior e analisa todas as suas funções e estruturas anatómicas, bem como as secreções que precisa de libertar. Por outro lado, aproveita para reparar lesões que podem aparecer e complicar a actividade cerebral.Quanto à memória, esta vai compilar os dados da informação «amontoados», vai catalogá-los e armazená-los correctamente de modo a conseguir, em qualquer altura, recuperar e usar essa mesma informação.

In  «O sono – efeitos da sua privação sobre doenças orgânicas», de Ângelo Soares

 

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